And so many times, saw love came to an end...
segunda-feira, 25 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
AURORA INTEMPORAL
Quero voltar a
nascer. Nascer com quase cinquenta anos. Quero ouvir as pessoas dizer, olha que
lindas estas rugas de tristeza e amargura. Olha estes trilhos no rosto feito
pelas imensas lagrimas vertidas em noites infindáveis. Que lindos lábios finos
contraídos pelas dores físicas que sofreu em silencio.
Quero voltar a amar.
Voltar a amar com quase cinquenta anos. Quero saber dizer, olha meu amor, sem
roçar as cicatrizes da tristeza e amargura. Quero saber dizer, vem meu amor, e
que estes trilhos não nos assombrem os dias. Quero colocar finos sorrisos nos
lábios emudecidos pela felicidade.
A VIDA EM SEPIA
Gostaria tanto de ser
feliz. E tu fazes me feliz. Mas então porque não sou feliz? A felicidade é
espontânea ou fruto do comando da razão? Meu amor, é expressão que deveria trazer
borboletas no estomago e não trazer amargas lembranças de um amor que acabou.
Onde encontro um manual que me faça distinguir um amor do outro. Sim. Um amor
que acabou mas que foi um dia, meu amor, my love, my angel, together for ever.
E agora surge em meus ouvidos, ouvidos ainda com o eco de promessas de final
feliz, uma melodia doce que me cativa no seu relato de novas alvoradas orvalhas
e verdes. Em que curso intensivo me inscrevo onde aprenda a reescrever a minha
esperança? Que work shop online me revela o segredo do ressurgir? Não o
ressurgir fashion, onde se aprende a caminhar colocando capas de grife do
ultimo grito da revista de auto ajuda instantânea. Capas em godé pink para o
orgulho quebrado. Encharpes em estampado floral, para enrolar o abandono. E
sim, sempre o vestido preto justo que revele as curvas mas nunca a humilhação.
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