Eu digo te o que é viver sem vida.
É
ter os dias preenchidos de afazeres dos horários e das rotinas dos outros.
É
ser a tabua flutuante, desvitalizada, sempre disponível para a locomoção dos
outros.
É
ser voluntariamente escravizada ás necessidades dos demais, sempre sob o falso
e pretensioso elogio de abnegação corajosa.
É
adiar o riso ou a lagrima do cansaço ou da vontade e esconde lo por detrás do
trofeu do melhor papel secundário jamais visto.
É
ser endeusada em pedestal, reverenciada em horas de trovoada, em torrentes de
lamentos e solicitações de bênçãos.
Quando
no peito em silêncio grita o exausto desejo de ter o direito de aquebrantar os
joelhos e ficar ao nível da caricia, do conselho, do cansaço.
De ser humano.
De
ser mulher.
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